Lançamento da Pedra Fundamental do Memorial da Democracia

Lançamento da pedra fundamental de um memorial, que será construído na cidade de Foz do Iguaçu, para homenagear as vítimas da Operação Condor. Conduzida em conjunto por Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Argentina e Bolívia nos anos 70, a Operação Condor tinha como objetivo reprimir a resistência aos regimes ditatoriais instalados nesses países. Estima-se que cerca de 40 mil pessoas foram presas, assassinadas ou desapareceram, vitimas desta ação conjunta.
O jornalista Aluízio Palmar, sobrevivente da Operação Condor e presidente do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular, disse que com o Memorial Foz do Iguaçu repara erros do passado e entra no circuito das lutas pela liberdade e justiça. “É a conquista de um velho sonho”, declarou.
Para o governador Orlando Pessuti, o memorial será uma merecida homenagem àqueles que lutaram pela liberdade, enfrentando as ditaduras.
Representando os integrantes da Reunião de Altas Autoridades em Direitos Humanos do Mercosul (RAADH), o secretário de Direitos Humanos da Argentina, Eduardo Luis Duhalde saudou a iniciativa. “Todos que partiram lutando por um país melhor estarão sempre aqui presentes neste memorial”, disse.
Em seu discurso, o ministro Paulo Vannuchi reafirmou o compromisso do Governo Federal com o resgate da história do que aconteceu no regime militar no Brasil. “É sabido que seis brasileiros que se encontravam na Argentina foram atraídos para uma emboscada aqui no Parque Nacional de Iguaçu e nunca mais foram vistos. Até hoje suas famílias não sabem o que realmente aconteceu e não tiveram o direito de enterrar seus mortos”, afirmou.
Também estiveram presentes no lançamento da pedra fundamental a futura ministra dos Direitos Humanos, deputada federal Maria do Rosário, os participantes da Reunião das Altas Autoridades em Direitos Humanos do Mercosul e Associados – representantes da Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Equador, Peru e Colômbia.