Em Nota, CDHMP pede abrigo e moradia para os ocupantes do Resistência 2

No dia 1 de junho, foi ocupada uma área de dois hectares na região da Gleba Guarani em Foz do Iguaçu, Paraná. No 28º dia de ocupação oficiais de justiça notificaram as 130 famílias que o juiz Marcos Antônio de Souza Lima decretou uma ordem de despejo em favor dos latifundiários. Apesar disso, as famílias seguem ocupando e dividiram em 130 lotes de 10×12 para cada família. 

A área de ocupação estava há mais de 30 anos abandonada, segundo os camponeses da região. Os atuais moradores denunciam também que há mais de sete anos não é pago o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do local que estava coberto de mato. 

A ocupação, que foi batizada pelas famílias de Resistência 2. Começou com três famílias, foi crescendo frente a crise sanitária vigente gerenciada pelo governo militar genocida dos generais/Bolsonaro, também atrelada à crise do capitalismo burocrático que agravou a desigualdade social. Com o aumento do número de desempregados, aumentou também o cenário de vulnerabilidade dos mais pobres, onde de acordo com as denúncias, as pessoas se veem tendo que escolher pagar aluguel ou comer.  Apenas 10% dessas famílias  desta ocupação estão empregadas.

NOTA DE APOIO AOS MORADORES DA OCUPAÇÃO RESISTÊNCIA 2

Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu, vem por meio deste manifestar apoio a Ocupação Vila Resistência 2, localizada na Vila Guarani, nas proximidades da Escola Olavo Bilac.

Em 16 de junho, a 3ª Vara Cível de Foz do Iguaçu determinou, em decisão liminar, expedição de mandado de reintegração de posse.

É preciso destacar que o despejo atingirá mais de 100 famílias em vulnerabilidade que residem no local, que até então estava abandonado. A maioria dos ocupantes são trabalhadores subempregados, que não tem condições de pagar aluguel.

A Ocupação Resistência 2, ocupa uma área de 2 hectares, e os novos moradores demarcaram igualmente os lotes, cada um medindo 10×12.

Diante da situação de grave crise humanitária a que os moradores do Resistência 2 estão submetidos, o CDHMP defende que o Poder Público garanta abrigo e moradia às famílias que lutam pelos seus direitos.

Foz do Iguaçu, 14 de julho de 2021